VALE NEWS SAÚDE || AVANÇO DA
FEBRE OROPOUCHE PREOCUPA AUTORIDADES DE SAÚDE
Na
última sexta-feira dois ministérios da Saúde confirmou a primeira morte de feto
por transmissão vertical da mãe para o filho.
Ainda desconhecida por boa parte da população, a
febre oropouche se espalha pelo Brasil e preocupa cada vez mais as autoridades
de saúde.
Após o país registrar as duas primeiras mortes de
adultos pela doença, há cerca de duas semanas, o Ministério da Saúde confirmou,
na última sexta-feira (2), o primeiro óbito fetal causado por transmissão
vertical — da mãe para o filho — da arbovirose. O caso ocorreu em Pernambuco. A
mulher tem 28 anos de idade e estava na 30ª semana de gestação.
Até 28 de julho, o Brasil havia registrado 7.286
casos de oropouche, em 21 estados. Além das três mortes confirmadas, outras
cinco estão em investigação: quatro fetos e um adulto. Antes restrita à região
amazônica, a doença tem avançado pelo país, o que levanta o sinal de alerta, explica
o médico infectologista Victor Porto.
"É algo que preocupa. A gente tem pouco
conhecimento da doença em larga escala, porque tínhamos poucos casos relatados
na região amazônica, e esse ano a gente viu um crescimento muito grande em todo
o país. Ainda é um pouco imprevisível, mas a gente tem que monitorar e ficar
alerta, particularmente pessoas que moram em locais com alta infestação do
maruim, ou viajantes para essas localidades", orienta.
O que é febre oropouche
O vírus que causa a oropouche é transmitido,
principalmente, por um mosquito conhecido como maruim ou mosquito pólvora.
Também há casos de transmissão da doença por pernilongos, embora sejam mais
raros.
A oropouche faz parte de um rol de doenças
classificadas como arboviroses, como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.
Até por isso, os sintomas da oropouche se confundem com o dessas outras
enfermidades: febre repentina, dor de cabeça intensa, dor muscular, dor
articular, tontura, dor retro-ocular, náusea, diarreia, entre outros.
Por conta dessa semelhança entre as doenças, Victor
Porto diz que a melhor forma de detecção da oropouche é por meio de exame
laboratorial do tipo PCR, que é capaz de identificar o material genético do
vírus.
"Não tem como a gente fazer o diagnóstico
apenas clínico. As manifestações clínicas são muito semelhantes à dengue, por
exemplo, ou outras síndromes febris agudas. O diagnóstico precisa da realização
do exame, principalmente em pacientes que têm sintomas característicos de
dengue, mas que testaram negativo para essa doença, ou em pessoas que viajaram
para locais onde a gente sabe que está tendo transmissão", afirma.
Prevenção
O Ministério da Saúde recomenda, como medidas de
proteção para evitar ou diminuir a exposição às picadas dos insetos, o uso de
roupas compridas, sapatos fechados e repelentes nas partes expostas do corpo,
em especial nas primeiras horas da manhã e ao fim da tarde.
A limpeza de terrenos e de locais de criação de
animais, o recolhimento de frutas e frutos que caem no chão, o uso de telas de
malha fina em portas e janelas também são medidas de combate ao maruim.
Fonte: Brasil 61
Da Redação
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